Hoje o Lula veio a público dizer que a sua
candidata é a Dilma, e que ele não será candidato a presidente. O desmentido
acontece depois que as pesquisas de opinião pública mostram nova queda do
prestígio político da presidente. A Petrobrás pode ser o estopim dessa situação
já que a cada dia surgem novas notícias de desmandos na gestão da Petrobrás. O
fenômeno não é novo, já que as campanhas eleitorais são caríssimas e o dinheiro
tem vindo do próprio poder público. Tivemos notícias que a campanha da Marina
Silva para presidente na eleição passada, aproximou do cem milhões de reais.
Agora dá pra imaginar as outras campanhas de partidos mais fortes. Esse
dinheiro todo, faz parte do jogo do poder pelo poder que desgasta a qualquer
partido. O PMDB se acabou no poder, o PSDB idem e o PT não vai conseguir
sobreviver à essa espécie de autofagia dos partidos e políticos na ciranda do
poder pelo poder. Falo isso porque parece que os petistas gostariam de
continuar no comando do país, o que é natural depois que se entra lá.
Ontem parlamentares de âmbito federal
estavam discutindo o tal financiamento de campanhas, que parece tendente a ser
proibido para empresas privadas. Uma empresa fornecedora da Petrobrás acaba de
ser pilhada com a comprovação de ter doado 4,5 milhões ao PT. O que uma empresa
privada espera dos políticos que ela financia? Claro que coisa boa não pode
ser. Vão querer de volta com lucro o que colocaram no jogo.
Hoje o tema em debate é o do deputados
André Vargas do PT paranaense que licenciou-se do cargo de deputado depois de
denúncias do seu envolvimento com um bicheiro, cujas conversas gravadas pela
polícia, mostram que estariam discutindo estratégias de arrecadação de dinheiro
por telefone com o deputado, que, flagrado, falou até em renunciar.
O PT não tem como conviver com essas
situações, dada a sua história, mas precisa saber que assim é o poder no
Brasil, pelo menos por enquanto, Ou joga o jogo, ou fica fora dele.
Uma prefeitura como a de Caraguatatuba,
com orçamento de mais de 400 milhões por ano, pode permitir que algum candidato
corrupto e desonesto gaste vários milhões na eleição de prefeito e depois pegue
de volta nos descaminhos das gestões. Afinal, 5% do orçamento pode significar
cerca de 20 milhões por ano, o que é perfeitamente fácil de ser retirado
através dos superfaturamentos, e das notas frias que são sempre noticiadas
Brasil a fora. Claro que Caraguá foi adotada apenas como exemplo do que pode
acontecer em muitas cidades brasileiras.
Assim, as discussões dos deputados
federais e senadores, com o fim de proibirem os financiamentos privados nas
campanhas, é oportuna. A proposta de PEC vai mais fundo e limita em 700 reais,
as doações de pessoas físicas. Quem viver verá.
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