terça-feira, 2 de setembro de 2014

O VOTO CONSCIENTE PODE SALVAR O BRASIL

O grande dilema das disputas eleitorais, é o mesmo de William Shakespeare:

Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
em nosso espírito sofrer pedras e setas
com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
ou insurgir-nos contra um mar de provações
e em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.

Eis uma parte do pensamento aparentemente confuso exarado pelo autor, que em momento de profunda reflexão discute o impreciso momento de vacilação entre o agir ou não agir, dormir ou permanecer acordado, lutar ou não lutar.
As campanhas políticas mostram com clareza a razão de Shakespeare, quando se avistam os milhares gastos nesses embates. Candidatos sem conteúdo, sem instrução, sem caráter, repletos de desonestidades, e de mau comportamento posam nas fotos bem elaboradas nos tais "fotoshop", rindo da cara do povo e, acabam convencendo o eleitor de que são grandes benfeitores da humanidade. Ainda que não passem de ladrões, que utilizam notas frias nas contas públicas, que cobram ajuda das empresas que prestam serviços públicos, que roubam dos cofres para pagarem a conta das eleições, eles acabam se elegendo e reelegendo usando de um expediente que a bandidagem palaciana aprendeu a utilizar. Roubam muito, gastam um tanto nas eleições, mas e ainda lhes sobra bastante, com o nosso dinheiro roubado se reelegem ou elegem os seus candidatos, e continuam roubando e se reelegendo a custa do sacrifício do povo que não tem saúde, educação, segurança, mas que iludido pela esperteza dos grupos organizados, seguem colaborando com seu voto para esse ciclo vicioso do roubar para se reeleger e se reeleger para continuar roubando.
Faz muita falta nessas horas, a antiga militância partidária que se avistava em épocas da história recente da política brasileira. Era o militante do Getúlio Vargas contra os militantes do Carlos Lacerda, ou os militantes da ARENA contra os do MDB, ou os militantes do antigo PT contra os do PDS ou PFL.
Não há mais lado na nossa consciência popular e isso transformou as eleições em atividades profissionais onde o marqueteiro é mais importante do que o candidato e a militância é remunerada tal qual as torcidas organizadas dos grandes clubes que só vão ao estádio depois de receberem alimento, ingressos, hospedagem e muito mais.
Um candidato que não aceita a tal profissionalização do sistema terá dificuldades para fazer sua campanha porque ninguém em sã consciência vai retirar recursos da sua família para  competir em condições de igualdade com essa pirataria.
Algumas pessoas me procuraram para dizer que precisam ganhar algum dinheiro e querem trabalhar na campanha. Digo não e as vejo desapontadas.
A pergunta é simples: Quem vai tirar dois milhões do bolso para ser deputado?
O deputado ganha cerca de 18 mil por mês que multiplicados por 48 meses de mandato somarão menos de um milhão. Com se poderá explicar o gasto de 2 milhões para receber um?
Quero agradecer às pessoas que estão voluntariamente na minha campanha e dizer a vocês que se eu for eleito ou pelo menos bem votado, estaremos rompendo com a safadeza  desses picaretas que roubam o nosso dinheiro e a nossa esperança. Eles não podem continuar vencendo eleições, não podem. Nós temos que reagir e a única arma que nos resta é o voto secreto e livre.
Fique atento e não vote em candidato que tenha cheiro de corrupção. Há candidatos que merecem respeito como o Gianasi do PSL, o Suplicy, do PT, o Paulo Brossad senador gaucho do PMDB, e eu pretendo um lugar nesse meio, mas só se for pelo ideal. Quero votos gratuitos e colaboração voluntária porque não posso e nem quero pagar para ter votos.
Foi um desabafo. Só um desabafo que tem endereço certo. Não votem em bandidos. Cuidado.
João Lúcio - 90190- Deputado Estadual- PROS- São Paulo

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