A Venezuela enfrenta, cinco dias após
obter um dos assentos rotativos do Conselho de Segurança da ONU, sua primeira
prova: o alto comissário da organização, Zeid Ra'ad Al Hussein, disse estar
preocupado com a detenção do dirigente da oposição venezuelana Leopoldo López
e solicitou às autoridades venezuelanas sua imediata libertação.
López, de 43 anos, está detido na
prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, desde o dia 18 de fevereiro, acusado de instigação pública,
formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio, incluindo
responsabilidade pelas ações violentas que ocorreram após um protesto no centro
de Caracas no dia 12 desse mês. Se a culpa for confirmada, o ex-prefeito do
município caraquenho de Chacao pode ser condenado a até 10 anos de cadeia.
O pedido se contrapõe à postura de Caracas durante
os Governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro:
A Venezuela é um país soberano e independente e ignora as exigências das
organizações multilaterais às quais pertence. Na semana passada, a
Procuradora-Geral da República, Luisa Ortega Díaz, reiterou esse ponto de vista
em uma entrevista coletiva ao se referir a uma declaração do Grupo de Trabalho
sobre Detenções Arbitrárias da ONU, que pediu não só a libertação de López, mas
também a de seu companheiro de partido, Daniel Ceballos, ex-prefeito de San
Cristóbal, cidade onde ocorreram os maiores focos de protestos contra o Governo
entre fevereiro e junho desse ano. Esses movimentos causaram a morte de 43
pessoas, segundo números oficiais.
FONTE: El Pais
NOTA NOSSA: Esse não é um modelo de política a ser
copiado.
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