sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CHEGA DE TERCEIRIZAÇÕES

Pelos corredores do governo federal, há uma encruzilhada de difícil superação, no que diz respeito ao caso Petrobrás. Sem puxar as brasas para a sardinha de ninguém há quem diga que se punirem todas as construtoras envolvidas no escândalo da corrupção e super-faturamento, as obras vão ser paralisadas e o risco de prejuízos seria maior.
A safadeza é tão profunda que sem ela, não há negócios e sem negócios não há obra e sem obra, para tudo.
Ai eu pensei, pensei e vi o fundo desse imbróglio. Antigamente o DER- Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, bem como o DNER- Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, eram órgãos públicos com engenheiros concursados, trabalhadores efetivos e o próprio governo construía as suas obras, sem a intervenção de tantas empresas terceirizadas, que só entravam onde o governo não tinha condições de realizar. De uns tempos até hoje, a coisa mudou radicalmente e as secretarias de obras tanto, federal, como estadual e municipal, têm apenas um ministro ou secretário e uns quatro gatos pingados que controlam o nada.
Numa festa recentemente vi alguém defendendo a ideia de que sem terceirizar, a coisa não anda, numa clara alusão à afirmação de que servidor público não funciona. Partindo-se dessa premissa, com a qual não concordamos, vamos chegar à pergunta que não se responde. Por que tantos concursos públicos se servidor não “serve”?
Não se deve radicalizar nem ao céu nem à terra, mas não seria o caso de se pensar em manter quadros de trabalhadores públicos e reduzir terceirizações? Claro que a resposta pode ser sim ou não, mas não é proibido imaginar que com trabalhadores públicos seriam pagos os salários dos trabalhadores e nada mais, enquanto atualmente os trabalhadores recebem e muita gente que não trabalha na obra recebe também.
Será que construir com trabalhadores públicos fica mais caro do que essa farra do boi que se observa hoje? Sei não!...

Ah! Sei sim. É que os trabalhadores públicos não iriam financiar campanhas eleitorais de uns e outros por ai. Entendeu?

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