Ai, eu comecei a escrever sobre
os deputados que rejeitaram a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos,
no dia seguinte eles voltaram a aprovar a mesma matéria e o meu escrito estava
superado. Escrevi sobre a mudança na legislação eleitoral que vinha sendo
discutida há meses pelos deputados, e na hora agá foi tudo rejeitado e ficou do
mesmo jeito. Comecei a perceber que nada muda e tudo fica como está porque
interessa aos donos das cadeiras políticas que tudo fique como sempre foi. A
polícia federal tem ensaiado uma possível mudança de comportamento para prender
os corruptos, e o meu medo é escrever um grande elogio a essa instituição e em
seguida vê-la extinta por causar desconforto aos oportunistas de plantão.
Ai eu lembrei do meu amigo
Vasques que disse algo parecido com piada e que de fato era verdade. Ele me
contou que alguém disse
“Os jovens
de hoje gostam do luxo. São mal comportados, desprezam a autoridade. Não têm
respeito pelos mais velhos, se passam o tempo a falar em vez de trabalhar. Não
se levantam quando um adulto chega. Contradizem os pais, apresentam-se em
sociedade com enfeites estranhos.” (Sócrates, 470-399 A.C.)
Se antes de Cristo já falavam que
a juventude estava perdida, e hoje essa frase continua na moda, ando meio
pensativo sobre se vale a pena tentar ajudar a mudar o comportamento humano.
Os políticos brasileiros são
parecidos com todos os outros que a história registrou, que sempre discursam
pela moralidade pública, pelo respeito ao povo, pela eficiência na gestão
pública, pela solidariedade humana, mas o que se vê na prática é diferente com os
políticos entrando pobres e saindo ricos da política sempre através de
artifícios que fraudam os cofres do povo.
Se os velhos políticos não são
confiáveis e a juventude está perdida, como diz o adágio popular, desde antes
de Cristo, nós vamos acreditar em que?
Apesar de tudo o Brasil tem
crescido e a gente continua com esperanças, mas é pra se pensar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário