terça-feira, 29 de setembro de 2015

PREFEITO DE CARAGUÁ RESOLVE RECUAR PARA EVITAR RISCOS

A prefeitura de Caraguatatuba está construindo uma UPA- Unidade de Pronto Atendimento, que irá permitir melhor atenção à saúde dos moradores da região sul da cidade, onde concentra cerca de metade da população. A UPA em apreço foi aprovada pela conferência municipal de saúde e incluída no rol das providências necessárias ao aprimoramento do sistema de saúde pública da cidade. O governo federal remeteu dinheiro para a obra, que só foi de fato iniciada depois de muita pressão da sociedade e do ministério público, já que o prefeito Antônio Carlos insistia em não realizar a obra em desrespeito à decisão da Conferência Municipal, órgão deliberativo que tem por finalidade decidir sobre os investimentos na saúde. Essas decisões depois de incorporadas ao planejamento dos investimentos na saúde, são de execução compulsória não cabendo ao prefeito a prerrogativa de cumprir ou não a execução. O prefeito de Caraguá decidiu sem maiores explicações modificar a finalidade do prédio que está praticamente pronto que, segundo entrevista do prefeito à Rádio Antena 8 situada no Morro do Algodão, deixaria de ser sede da UPA e passaria a receber a unidade do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, decisão que passava por cima dos órgãos oficiais da saúde como se pudesse ele desviar a finalidade de uma verba carimbada  vinda do governo federal com destinação definida.
O Sindicato dos Aposentados de Caraguatatuba na figura do seu presidente o Cidreira, solicitou uma cópia da gravação do programa de rádio, e encaminhou ao promotor público que por sua vez, notificou o prefeito para que explicasse as razões de sua atitude. Diante do risco de responder à Justiça o prefeito já voltou atrás e a secretária de saúde veio a público nesta semana, para dizer que lá no Pegorelli será mesmo a UPA e não o CRAS que desejava o prefeito. Uma derrota importante da arrogância do governo municipal que teve que se curvar à legalidade em detrimento das vaidades político-administrativas.
Desta vez o povo venceu e vai ter a sua UPA na região sul, o que vai facilitar o pronto atendimento médico com plantões, inclusive.

O papel cumprido pelos cidadãos deveria ter sido observado pelos vereadores da cidade que nem se preocuparam com tamanho absurdo. Uma câmara municipal apática e desatenta, melhor seria se não existisse. 

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